Lei Maria da Penha: Avanços e Desafios na Proteção das Mulheres

Lei Maria da Penha completa 15 anos, mas apesar dos avanços a proteção da mulher contra violência doméstica e familiar ainda é um desafio » Sindilegis

Lei Maria da Penha: Avanços e Desafios na Proteção das Mulheres

Uma análise sobre a importância da lei e os desafios que persistem no combate à violência doméstica.

Corpo da Matéria:

Em 2006, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) foi um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil. Essa lei, nomeada em homenagem à farmacêutica cearense que sofreu violência doméstica por mais de 20 anos, estabeleceu mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Avanços da Lei Maria da Penha:

  • Visibilidade: A lei trouxe a violência doméstica para o centro do debate público, aumentando a conscientização sobre o problema.
  • Acesso à Justiça: Facilitou o acesso das mulheres à justiça, com medidas protetivas mais eficazes e a criação de juizados especializados.
  • Atendimento especializado: Estimulou a criação de redes de atendimento às mulheres vítimas de violência, com serviços como casas abrigo e centros de referência.
  • Mudança cultural: Contribuiu para uma mudança cultural, com a sociedade tornando-se mais atenta à questão da violência contra a mulher.

Desafios que Persistem:

  • Subnotificação: Muitas mulheres ainda não denunciam a violência sofrida por medo, vergonha ou por depender financeiramente do agressor.
  • Lentidão na Justiça: A morosidade da Justiça e a falta de recursos podem dificultar a aplicação da lei e a proteção das vítimas.
  • Falta de estrutura: Muitos municípios ainda não possuem estrutura adequada para atender as vítimas de violência, como casas abrigo e centros de referência.
  • Violência institucional: Muitas mulheres enfrentam dificuldades ao procurar ajuda nas instituições, como delegacias e hospitais.

O que ainda precisa ser feito:

  • Prevenção: Investir em programas de prevenção à violência, nas escolas e comunidades.
  • Atendimento integral: Ampliar e qualificar os serviços de atendimento às mulheres vítimas de violência.
  • Combate à cultura machista: Promover campanhas educativas para mudar a cultura machista e combater os estereótipos de gênero.
  • Articulação entre os poderes: Fortalecer a articulação entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para garantir a efetividade da lei.

Conclusão:

A Lei Maria da Penha foi um grande avanço na proteção dos direitos das mulheres, mas ainda há muito a ser feito. É fundamental que a sociedade como um todo se engaje na luta contra a violência doméstica, para que todas as mulheres possam viver livres de violência.

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